cURL Error #:Could not resolve host: woocommerce-marketplace.com Entrevista: benefícios da acupuntura para pets – Aulife Natural Pet Food

Entrevista: benefícios da acupuntura para pets

Aulife Pet acupuntura

Médica-veterinária e criadora da empresa Saúde em Patas, Michele Nogueira Agostinho explica que a acupuntura “consiste em aplicar estímulos, com o uso de agulhas, em locais específicos na superfície do corpo, para tratamentos, diagnósticos e prevenção de doenças.” Saiba mais! 

Nós, da Aulife Pet Food, entrevistamos a médica-veterinária Michele Nogueira Agostinho, que também é nutróloga e incentivadora da alimentação natural para pets, sobre os benefícios da acupuntura.

Seu primeiro contato com essa medicina milenar ocorreu na sua adolescência e foi com esse tratamento que ela se curou da labirintite, doença que pode causar tontura e perda da audição.

Apaixonada por animais, ela se formou em medicina veterinária, resolveu se especializar em acupuntura e desde 2008, realiza tratamentos em animais.

Convidamos você, leitor, a conhecer mais sobre esse tratamento.

Blog – Por que você decidiu se especializar em acupuntura para animais?

Michelle – Eu sou formada em medicina veterinária e quando eu era adolescente acabei me tratando com a acupuntura porque eu tinha uma labirintite (doença que pode causar tontura e perda da audição). Foi super difícil eu conseguir um tratamento efetivo. Tive um resultado bom com esse tratamento. Quando eu me formei na medicina veterinária, eu resolvi fazer a especialidade em acupuntura para animais. Foi uma coisa legal porque a acupuntura estava começando. Eu entrei nessa área em 2008. Hoje eu atendo um grande número de clientes nessa parte de acupuntura.

Blog – Então explique melhor o que é a acupuntura?

Michelle – Antigamente, ela era conhecida como uma medicina alternativa, mas ela não é uma alternativa. Hoje sabemos que é uma medicina complementar. Eu posso fazer um tratamento com medicamentos e usar junto a acupuntura. Como ela pode ser usada também como um tratamento único em algumas doenças dos animais. Isso é muito legal porque eu faço uma medicina integrativa, na qual eu integro a medicina tradicional chinesa com medicina ocidental, alopática, que eu uso medicamentos.

Blog – Como é esse método de tratamento?

Michelle – A acupuntura tem uma filosofia de trabalhar com a energia do animal. Então eu tenho alguns pontos específicos no corpo do animal no qual eu consigo escolher os melhores pontos e fazer os estímulos deles. Esse estímulo vai desde acordar esse ponto, sedar esse ponto, tonificar ou mantê-lo neutro. É até difícil explicar, mas ela tem a visão de trabalhar o animal como um todo. Não vou curar um sintoma, eu vou curar a doença. Eu vou procurar lá no fundinho de onde ela veio e eu vou tratar isso.

Blog – Quais são os benefícios da acupuntura?

Michelle – A acupuntura pode ser um tratamento analgésico, então trata as dores, inflamações. Pode tratar alterações neurológicas porque restabelece funções nervosas, pois eu consigo restabelecer até funções de neurônios. Isso é muito legal porque hoje nós temos poucos tratamentos nas questões neurológicas e isso acaba sendo um tratamento muito especial. Em resumo, o que tenho de tratamento: dores em geral, dores musculares, dor na coluna, tendinite, luxação de patela, todos os problemas ortopédicos. Ela é uma medicina completa que trata também algumas situações internas de órgãos internos, como uma gastrite, uma inflamação intestinal, pancreatite. Às vezes, se ela não tiver eficácia de 100%, eu consigo associar e potencializar outros tratamentos.

Blog – Como você faz para quebrar barreiras para aqueles que acham estranho o tratamento de acupuntura para animais?

Michelle – O ser humano que faz acupuntura acredita porque ele vê resposta. Então eu tenho muitos clientes que já são pacientes humanos de acupuntura. Então esses já trazem o cachorrinho, gatinho e podemos fazer em todas as espécies de animais, pois não há restrições. Porém, há aqueles que nunca trataram e também há os que nunca ouviram falar em acupuntura. Para essas pessoas, nós temos um pouco mais de restrição. Nesses casos, eu tento explicar de uma forma adequada e fácil de a pessoa entender que aquilo é uma reorganização energética, que as doenças são distúrbios energéticos, em primeiro lugar, antes de se tornar uma doença física. Depois, é mostrar dando resultados. Eu até falo que, esses clientes, muitas vezes, vem desacreditados e, de repente, ficam surpresos e dizem: ‘caramba, como uma agulha faz esse resultado.’

Blog – Entre as espécies de animais há uma menor ou maior dificuldade para indicar o tratamento?

Michelle – Os domésticos, como os cães, eles são animais que já são acostumados a manipulações. A gente pega, abraça, põe no colo, então a manipulação é bem mais fácil. Eles aceitam bem e depois da terceira sessão eles parecem um reloginho. É o costume. Eles entendem porque ela libera hormônios como a serotonina, hormônios do bem-estar. Portanto, ele vai associar a algo que o deixa muito bem. Isso vai ficar muito fácil a partir da terceira sessão.

Blog – Mas alguns animais dão mais trabalho na hora do tratamento ser feito do que outros, correto?

Michelle – Sim. Para aquelas espécies que a gente tem pouco contato, como passarinho, que a gente pega pouco na mão, alguns répteis, cavalos…Bem, cavalos até aceitam bem, mas alguns, no começo, são mais agressivos. É assim, animais dóceis são mais fáceis de manipular. Porém, gatos têm algumas restrições porque eles possuem uma hipersensibilidade. Então, se colocar uma agulha no gato, alguns deixam, mas não são em todos os pontos que a gente consegue utilizar. Não é impossível e uma maneira que fazemos é o complemento, às vezes, com a utilização de laser numa programação específica para estímulo de pontos de acupuntura. Ele não atinge também como uma agulha de acupuntura, mas eu consigo estimular, sedar ou tonificar aquele ponto com um laser em uma certa frequência.

Blog – Quais as recomendações que você faz para quem vai procurar o tratamento com acupuntura para o seu pet?

Michelle – A acupuntura não tem contra-indicações, mas se você manipular a energia de uma forma inadequada, você pode até piorar uma doença. Por isso, o profissional tem que ser bem capacitado, tem que ter uma boa formação. No Brasil, nós temos boas escolas com formação em acupuntura. E tem que ser acupuntura em animais. A pessoa tem que ser médica-veterinária e fazer especialização em acupuntura. Além disso, essa pessoa tem que saber se relacionar com animais. Ela tem que saber diagnosticar com a medicina chinesa porque não é um diagnóstico como a medicina convencional . A gente trabalha com muito verificação de pulso e língua dos animais. Ajuda também quando é uma indicação de um cliente que gostou do médico. O profissional tem que ter um bom centro [consultório] para o tratamento.

Blog – E como deve ser a estrutura física do profissional?

Michelle – Isso pode ser feito dentro de uma clínica veterinária e tem vários médicos que fazem o tratamento a domicílio. O importante mesmo é a formação do profissional.

Blog – E os materiais que são utilizados, como as agulhas? Elas são descartáveis?

Michelle – As agulhas são estéreis quando a gente abre. Se elas são feitas de aço inoxidável. Então, se elas caem no chão, eu posso reaproveitar naquele momento porque nada gruda e eu posso manipular. É diferente daquela tradicional que a gente abre e não tem como mais usar no animal.

Blog – Qual o custo desse tratamento?

Michelle – Em São Paulo, o custo vai variar de acordo com a região. Você não tem um custo real para todo mundo. Geralmente as sessões de acupuntura de R$ 80 a R$ 90 até R$ 200 a R$ 250. Essa variação depende da localização, do custo da sala o quanto o profissional gasta para chegar até lá, entre outras coisas.

Blog – Ainda sobre os tratamentos, é possível curar todas as doenças apenas com a acupuntura?

Michelle – Isso não vai ter uma regra. Por exemplo, se tenho uma hérnia de disco. Às vezes, eu preciso de uma medicação para tirar o animal daquela crise de dor. Às vezes, ele não tem uma indicação cirúrgica e eu consigo fazer um tratamento só na acupuntura. Então, em uma crise de dor, eu posso tirá-la só com medicamentos, depois, o restante do tratamento, eu faço com acupuntura. Depende da doença, algumas doenças eu faço integrativa, com as duas medicinas, e outra eu posso fazer só com a acupuntura.

Blog – Existem médicos-veterinários que são contra a acupuntura?

Michelle – Sim, alguns veterinários são contra. Isso ocorre, provavelmente, porque eles não têm um conhecimento básico sobre o que ela faz e também por não acreditarem. Ou o tutor nunca tratou com a acupuntura, ouviu falar mal e acaba criando um preconceito. Tem várias situações de ortopedia que curamos através da acupuntura e o ortopedista resolveria com cirurgia. Depende muito da linha do profissional. Para mim, o menos é mais. Se eu posso tratar com acupuntura, sem precisar ser invasivo, é melhor para as duas partes, mas há casos que não tem como e é preciso fazer cirurgia.

Blog – Como você faz para divulgar o seu trabalho de quebrar barreiras?

Michelle – Tenho meu site Saúde em Patas. Eu uso bastante as redes sociais. Eu faço muitos posts explicando de uma maneira fácil para as pessoas entenderem, já que a maioria dos que leem não veterinários. Eu publico vídeos antes e depois dos tratamentos. Outra coisa que funciona muito comigo é o boca a boca. Um cliente indica o outro e a rede de contatos ajuda muito.

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